sábado, 21 de março de 2009

Tem como divulgar meu produto nas redes sociais?

A resposta é que não existe receita pronta e a internet tem regras próprias, o que muitos profissionais não entendem. Confundem o papel das redes sociais e acreditam que através dela irão economizar verba.
Recentemente li aqui mesmo no Webinsider um artigo de um web planner que respeito muito, Felipe Morais (Medo de que falem mal de minha marca. O que faço?). O texto mostra que as grandes empresas temem críticas dos consumidores e que por este motivo perdem oportunidades.

Bom! Eu vou me atrever e estender um pouco mais o assunto e sinalizar alguns pontos. Minha intenção é propor uma reflexão e discussão acerca do que está em todos os veículos: redes sociais.

De uns tempos pra cá muitos amigos, colegas de trabalho, colegas de mercado e fornecedores perguntam a minha opinião e pedem dicas sobre como proceder para divulgar e comunicar seus produtos através das redes sociais. As dúvidas são tantas que fica difícil iniciar um papo com tantas perguntas. E tudo piora quando respondo sinceramente: “Não sei, mas você já está lá!”.
E ao dizer que essas redes não estão somente na internet, mas também nas mesas dos bares, nas escolas, nas faculdades, no cafezinho do trabalho, em casa ou no encontro casual com o vizinho, ai é que ficam mais cheios de dúvidas.

Não tem como ditar soluções para isso, pois a internet tem regras próprias e muitos profissionais não entendem isso. Confundem o papel das redes sociais. Acreditam que através dela irão economizar verba e falar diretamente com seu target.

Creem, também, que irão controlar conteúdo, conquistar audiência e credibilidade, mas este papel é realizado pelas mídias de massa (televisão, rádio, jornal, revistas e etc.). O papel da comunicação em blogs e comunidades, entre outras redes, é entrar na conversa corrente, o que pode ser muito mais relevante ao fazer parte do dia-a-dia das pessoas.

O que eu quero dizer, na verdade, é que eles deveriam, em primeiro lugar, utilizar a rede. Ou seja, ter um perfil próprio em uma comunidade, montar um blog pessoal ou mesmo criar uma conta no Twitter (febre do momento). E não apenas procurar respostas prontas, como se existisse uma receita.

Em um segundo momento, o monitoramento é essencial, pois assim você irá ouvir tudo o que dizem sobre você, sejam opiniões e comentários bons ou ruins. Essas análises podem apoiar você no aculturamento interno - para convencer seus superiores, seus pares ou mesmo o departamento de segurança para conseguir acesso aos sites - além de fornecer a você ótimos feedbacks.

Conte com bons parceiros. Você precisará envolvê-los no seu negócio, pois terão que estar preparados tanto quanto você. Crie, pense nos riscos e se pode suportá-los. Saiba que os erros aconteceram, mas isso é aprendizado, e acertando me conte.

No mais, aquela velha regra do marketing continua valendo. Atenda bem seus clientes e tenha produtos e serviços bons e relevantes. Assim provavelmente seus clientes irão indicar você para outras pessoas de forma positiva. Caso você faça tudo ao contrário, prepare-se, porque vão falar mal de você por aí e você não estará lá para se defender.
Por: Antonio Mafra
Sobre o autor: atua com e-commerce e social media na Porto Seguro

Vantagens do CRM sobre o ERP

Cada vez mais, empresas de diferentes nichos investem na implantação de sistemas CRM. O que muitas vezes não é claro para as companhias é que projetos CRM são, na maioria dos casos, mais ágeis, dinâmicos, baratos e não menos abrangentes em relação a plataformas ERP equivalentes.

Um sistema CRM não se envolve a fundo em áreas fiscais, legais ou contábeis, ramos estes tradicionalmente sob influência dos sistemas de gestão. Estes últimos, porém, não atuam com a mesma especialização em departamentos como pré-venda, serviços e marketing, onde a visibilidade é frequentemente mais acentuada.

Por não estarem sujeitas a questões legais ou fiscais, implantações de sistemas CRM costumam ser mais rápidas e tranquilas, muitas vezes sendo feitas em etapas claramente distintas (divididas por departamentos, por exemplo). Algumas vezes, o que desacelera o processo é a necessidade de integração com algum sistema legado, item necessário em um ambiente corporativo 100% integrado. Mesmo assim, o progresso na implantação de CRM é visível.

Outra vantagem dos sistemas CRM é a sua concepção. Por terem surgido algum tempo depois dos sistemas de gestão, contam com novas tecnologias em vários aspectos, proporcionando benefícios como melhor interface com o usuário; melhores ferramentas de integração; facilidade de customização; e desenvolvimento de novas funcionalidades. Essas características do CRM também facilitam o treinamento do usuário para a sua utilização. Quando se opera um novo sistema similar à tecnologia com a qual se está acostumado, a resistência à mudança tende a ser menor, e consequentemente as chances de sucesso aumentam.

Para o empresário ou gestor interessado em uma possível melhora dos processos, fica a certeza de que a utilização de uma ferramenta CRM torna os projetos nessa área menos trabalhosos, com tendência a apresentarem resultados mais rapidamente.

Por: Juliano Bassetto - consultor funcional da Tridea para Microsoft CRM.

Marketing no Brasil: sinal de bons tempos

O pensamento empresarial, neste momento, está voltado para o desenvolvimento dos negócios nos próximos dois anos.

A curto, médio e longo prazo, as organizações vão acumulando diagnósticos do presente para projetar e planejar suas decisões no tempo futuro.

A percepção dos macroparâmetros estruturais e conjunturais vêm, naturalmente, da visão econômica do País, que gera, sem dúvida, os ventos (bons e maus) que ditarão o caminho corporativo a seguir.

O fato mais auspicioso é que a economia se mantém estabilizada, sem nenhum sinal - externo ou interno - de perturbação latente.

Isto embala a direção das empresas a jogar para frente, investindo com entusiasmo no lançamento de novos produtos ou serviços, na modernização de marcas e embalagens, na construção de novas plantas industriais ou na expansão de novas unidades comerciais.

O marketing será, assim, o forte aliado no jogo do sucesso empresarial.

Dentro das empresas, os profissionais deverão estar atentos para encarar a transformação da sociedade e do consumidor/ cliente. Cada vez mais consciente, este, por sua vez, valoriza a ética, a boa atitude e se fideliza também pela cidadania.

Saber construir estes novos valores será, talvez, o grande desafio das corporações para conquistar o seu cliente de vez. Para tanto, entram em cena parâmetros inovadores, sensitivos ou não, mas que aquecerão as relações produto/ serviço X cliente.

O marketing junto aos stakeholders (a empresa se comunicando com os públicos com os quais se relaciona), o marketing de causa, o marketing socialmente responsável, o marketing cidadão e ético, o marketing ouvidor permanente dos anseios do seu público-alvo, dentre outros, serão, sem dúvida,ações de valor que destacarão as organizações neste novo olhar da sociedade para as empresas de ponta.

Para isto, é preciso que os profissionais de marketing estejam atentos, sintonizados nas novas referências do mercado, nas práticas do cliente que, sem dúvida, quer se relacionar com companhias que fazem parte da sua história e das suas causas.

O futuro, portanto, das ações de marketing nas empresas, em qualquer segmento, é alvissareiro, mas requer astúcia, competência e uma boa dose de criatividade.

Seu resultado positivo para o desenvolvimento do País é certo. Para o bom profissional e para a empresa ética.

Por: Lívio Giosa
Presidente e fundador do Centro Nacional de Modernização (Cenam) e vice-presidente da ADVB-SP
Fonte: ADVB

Estratégia é apenas o começo

Os cinco princípios básicos para a sustentabilidade no dia-a-dia das empresas.

Há uma porção de pensamentos estratégicos a respeito de sustentabilidade corporativa no mundo. Contudo, há pouca ou nenhuma ação para esta estratégia, no chão de fábrica. Este é um grande problema, uma vez que a licença para operar é ganha ou perdida nesse local. Para uma planta distante do escritório corporativo, a estratégia é vista como uma ordem infundada. Se as empresas são independentes de um escritório corporativo, então, há pouquíssimo tempo para a estratégia.

A situação financeira mundial atual paralisou as estratégias de sustentabilidade em muitas empresas. É hora de voltar ao básico “redução de custos” e “tornar operações mais eficazes e eficientes”. É esse foco atual sobre a "parcialidade" do negócio que tem sido bem sucedida operacional para muitas pessoas por mais de uma década.

Há cinco princípios básicos para a sustentabilidade no dia-a-dia das empresas. Estes princípios são raramente observados em estratégias de sustentabilidade.

1. Continuidade de atividades e gestão de risco:
Representa o pensamento de longo prazo. Plano de negócios para todos os tipos de calamidades: tornados, furacões, incêndios, inundações, quedas de energia e greves. Estes eventos representam riscos operacionais para a empresa. Gestores, trabalhadores e stakeholders têm pouco preparo para o risco. Estrategistas em sustentabilidade passam todo seu tempo produzindo resultados na linha de produção, para promover a mudança, mas uma calamidade pode eliminar seus ganhos em um fatídico segundo. É necessária mais atenção à gestão de riscos operacionais, regulamentários e de reputação. Há normas de gestão de risco que podem ser utilizadas para esta finalidade. Destinar atenção à gestão de riscos deverá ajudar a garantir a continuidade do negócio mesmo com as flutuações na economia, alterações das normas sociais, novas leis e grandes acontecimentos climáticos.
2. Responsabilidade:
As operações compreendem claramente o conceito de responsabilidade. Em sustentabilidade, há uma responsabilidade pelo ambiente, pelas pessoas da empresa e da comunidade, e a responsabilidade de contribuir para a vitalidade econômica da comunidade. É impossível separar estas responsabilidades porque estão interligadas de muitas formas. O triple bottom line foi originalmente concebido como um eufemismo. A sustentabilidade ambiental é, na verdade, administração ambiental e claramente representa apenas uma das três responsabilidades.
3. Compliance:
Negócios sustentáveis esforçam-se no cumprimento de normas ambientais, sociais e regulamentos econômicos. Gestores ambientais, de saúde e segurança não têm um monopólio sobre o compliance. As plantas geralmente estão em conformidade com sistemas de garantia incorporados ao sistema de gestão empresarial. Qualquer bom sistema de gestão de negócios irá conduzir estas considerações para o negócio principal, tornando-os parte do que cada empregado faz a cada dia.
4. Desempenho:
Há um grande número de ferramentas de excelência empresarial utilizadas em todo o mundo que aumentam o desempenho. As empresas que utilizam essas ferramentas têm demonstrado um desempenho financeiro duas vezes superiores àquelas que não o fazem. Estes mecanismos utilizam indicadores de liderança e de condução do desempenho. Eles trabalham bem com programas de compliance.
5. Melhoria contínua:
Ambos os programas de compliance e desempenho exigem uma melhoria contínua. Melhoria de processos é utilizada para satisfazer a demanda. Uma empresa não pode continuar sua jornada para a sustentabilidade sem demonstrar uma melhoria contínua.

Por: Robert B. Pojasek (Ph.D. o líder de Práticas de Sustentabilidade Empresarial na First Environment Inc.).
Fonte: BiO2 www.bio2.com.br

Retenção e fidelização

Recentemente, 30 executivos de marketing de empresas lideres do mercado brasileiro (como: Bosch, Bradesco, Brastemp, Editora Abril, IG, Nokia e Wal-Mart) se reuniram para trocar experiências e idéias. O assunto era sobre os fatores chaves em retenção e fidelização de clientes.
Um debate extremamente vigoroso, por avaliar e discutir os caminhos estratégicos para enfrentar as nuvens ameaçadoras da recessão, na luta permanente para reter e fidelizar clientes.
A seguir, compartilho com você, um resumo das principais conclusões que fiz, como coordenador dos debates:

- A visão tática de se criar ilhas no Call Center ou programas especializados em retenção está evoluindo para uma visão mais ampla. Antes de tudo, o planejamento estratégico e a gestão da marca devem ser os principais pilares para a retenção e fidelização do cliente.

A imagem utilizada é a seguinte: “Não adianta tapar o ralo com peneira”. Portanto, mais visão estratégica e menos tática. Por exemplo, redirecionar os altos custos das ofertas utilizadas pelas ilhas de Retenção - quase sempre carregadas de descontos - para investimentos em ações de relacionamento, de caráter estratégico e preventivo. Estas ações freqüentes são planejadas para elevar a percepção de valor da marca, bem como dos benefícios do produto ou serviço que o cliente está utilizando ou poderia vir a utilizar.

- Inovação! Os resultados têm sido mais consistentes, quando se busca soluções inovadoras para se relacionar com a base de clientes. Esta postura supera os resultados dos programas tradicionais, normalmente com posturas defensivas, por melhor execução que se tenha. Um excepcional exemplo é o site da Dell www.ideastorm.com, pela sua maestria em atrair um fluxo continuo de idéias, através do diálogo permanente com sua base de clientes.

E vai além, os clientes sentem-se estimulados a votar nas idéias sugeridas por outros clientes. As idéias vencedoras são incorporadas aos seus novos produtos. Há uma história interessantíssima, daquelas que se confundem com lendas. Mas vamos à história, favor não confundir com estória.
Um cliente sugeriu no IdeaStorm, que os computadores da Dell deveriam também oferecer o sistema operacional Linux. A idéia teve uma estupenda aceitação entre a comunidade Dell e logo alcançou a primeira posição entre milhares de idéias em votação. Pela histórica parceria e sólida fidelidade com a Microsoft, houve arrepios na alta administração da Dell.

Tentaram esperar, na tentativa do impacto da idéia se arrefecesse, mas ao contrário a quantidade de votos continuava em disparada. A solução foi o Michael Dell se reunir com o Bill Gates, que são grandes amigos há muitos anos e confidenciou: “Não sou eu que quero, são os meus clientes que estão exigindo”. Resultado: os computadores com a opção Linux se tornaram sucesso de vendas da Dell, graças a um site de relacionamento com os clientes! Há outros cases excelentes baseados na tecnologia “IdeaStorm” como o da Starbucks, entre os de outras empresas visionárias, que ficam para outro artigo.

- Não há qualquer dúvida que a plataforma digital, com o suporte de telemarketing, se tornou o paradigma das estratégias de retenção e fidelidade. As campanhas e atividades de relacionamento estão cada vez mais utilizando as mídias digitais, o poder da sua comunicação, seus conceitos, suas estratégias, recursos e mediações. As redes sociais saem do plano de idéias e passam a ser uma realidade para a criação de vínculos profundos com os clientes, assim como as comunidades virtuais e os blogs. Um excelente exemplo - pela sua adequação ao cliente, graças a sua bem idealizada matriz de segmentação - é o site da ferramenta líder global em CRM por assinatura: www.salesforce.com/community.

- Em retenção, cada vez mais se dissemina o uso de modelagem estatística nas empresas líderes. Seu objetivo é criar modelos de propensão e de vulnerabilidade, no importante esforço de se prevenir o churn. Um exemplo: a criação de algoritmos, para identificar clientes de alta vulnerabilidade, pode contribuir fortemente para alavancar os resultados, pelo melhor uso estratégico das ilhas de Retenção, como observado anteriormente.

- Métricas! A tendência é utilizar as métricas que acompanham o ciclo de vida do cliente. Em outras palavras, as métricas têm de assegurar a avaliação do cliente como um todo. Temos de superar a miríade de relatórios com informações fragmentadas sobre o cliente. Uma boa notícia. As empresas líderes estão investindo, ou tem planos para investir em sistemas que permitam a Visão Única do Cliente, a fim de superar esta verdadeira Torre de Babel do mundo informatizado, mas desintegrado!

- Finalmente a materialização das estratégias de retenção e fidelização: a Comunicação de Relacionamento. Nada substitui ao poder das ações criativas de relacionamento e a sua frequência, baseada no diálogo e na interação, a fim de criar vínculos com os clientes. Ela faz a diferença, quando se avalia os resultados das premiações de Cannes. Inúmeras campanhas premiadas em marketing direto são inequívocas em apontar que a comunicação de elevada qualidade e pertinência se constitui na grande arma da retenção.

Por Eduardo Souza Aranha
Presidente da Souza Aranha Comunicação Direta e membro da Academia Brasileira de Marketing
Fonte:
HSM Online 03/2009

Tendências e demandas do Brasil

Confira as conclusões da pesquisa da McCann Erickson e Data Popular sobre o comportamento dos brasileiros.

Após um trabalho inédito, realizado em parceria com o instituto Data Popular, a agência McCann Erickson identificou mudanças internas já cristalizadas e formatou um amplo estudo sobre tendências e demandas futuras do que hoje representa a classe emergente do Brasil.

Os resultados são provenientes de mil questionários aplicados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre e Goiânia junto a casais com renda mensal entre R$ 1 mil e R$ 2 mil. A faixa etária pesquisada foi de 20 a 65 anos – 50% homens e 50% mulheres. Além deles, o estudo envolveu fontes secundárias, como, por exemplo, líderes comunitários e profissionais de marketing de redes de varejo, bem como as referências de acadêmicos.

“O objetivo da pesquisa é ampliar o conhecimento da McCann sobre a classe C brasileira, que representa o futuro do crescimento interno do País, ultrapassando o óbvio do que já se sabe sobre essa fatia para chegar além do que se vê. A pergunta é: qual é o horizonte?”, explica Aloísio Pinto, vice-presidente da McCann Erickson.

A classe C identifica diferenças claras de consumo entre sua classe, pobres, classe média alta e ricos. Tem ainda a consciência de que pode comprar, mas quer mais e melhor. Seu sentimento de exclusão deixa de estar ligado ao financeiro e atinge o comportamental. “O desejo prioritário da Classe C é hoje consumir sem preocupação e aprender a se comportar como classe média”, afirma Aloísio.

Auto-imagem peculiar
Pessoas de classe média baixa. É assim que parte considerável da amostra (47%) define-se atualmente. Têm a necessidade de priorizar os gastos, carregam sempre alguma pendência financeira, mas não sofrem a falta de alimentos, condição restrita aos “pobres”, na visão do público pesquisado. Ainda assim, 68% sentem-se desprezados pelos ricos e 55% declaram ser avessos a produtos comercializados em lugares considerados “chiques”. “É curioso perceber que a classe C deseja consumir mais, mas não demonstra a preocupação em mudar de classe”, afirma Aloísio.

Estabilidade econômica é prioridade
Quando o tema é projeto de vida, estabilidade econômica é o item que aparece com mais força: 82% dos entrevistados afirmam que ela é prioritária e que nem sempre está associada ao trabalho formal. Trocar a mobília da casa, reservar quantias maiores para o lazer da família e custear o ensino superior dos filhos também ocupam o topo dessa lista. “A preocupação com a educação dos jovens é expressiva quando o quesito investimentos é observado e o que também cresceu é o desejo dos próprios pais em concluir seus estudos”, afirma Aloísio.

Estrutura familiar em mutação
Ao passo em que a presença feminina no mercado de trabalho tornou-se mais forte na classe C, o papel da mulher na administração e na efetivação dos gastos do lar também cresceu. Atualmente, 80% dos homens e 76% das mulheres acham que elas também devem colaborar financeiramente. Esse cenário se modifica intensamente quando os filhos adolescentes entram em questão – eles estão menos engajados no mercado de trabalho. De acordo com 85% dos entrevistados, os jovens não colaboram com a renda familiar - 64% afirmam que eles apenas complementam os gastos do mês quando necessário e 75% acreditam que os jovens de hoje são mais consumistas.

Finanças: pouca informação
Entre contrair empréstimos junto a bancos ou financeiras e emprestar o “nome” de alguém próximo, 45% da amostra dão preferência à segunda opção. Apesar de 47% afirmarem já terem feito empréstimos bancários, 81% sentem vergonha ao fazê-lo e 91% apontam a burocracia como principal problema na obtenção do crédito no Brasil.

Alimentação e o desejo de consumir melhor
O arroz e o feijão são indispensáveis na mesa da Classe C – 78% consideram a combinação essencial. Tradicionais quando o tema é alimentação, o atributo mais valorizado é o poder nutritivo dos itens (38%), o que sinaliza o papel de bom pai ou boa mãe. Seguindo essa linha, 76% dos entrevistados declaram fazer sua principal refeição em casa; 82% consideram como nutritiva a comida preparada em casa; 67% procuram informação sobre nutrição e 76% pagam mais para ter uma alimentação mais nutritiva.

Homens mais vaidosos
A aparência está mais valorizada e a beleza masculina é agora considerada muito importante. A maioria dos homens declara usar creme para o corpo e 36% faz as unhas. Os dentes ganham maior preocupação: demandam investimentos de 87% dos entrevistados.

Entretenimento: foco em tecnológicos
Computador e DVD passam a fazer parte do entretenimento da classe C, respondendo por 58% e 57% da amostra, respectivamente. Formas de aliar segurança e diversão, os itens tecnológicos são utilizados por toda a família – 85% acham que o lazer une a família e 82% acreditam que equipar o lar com artigos tecnológicos aumenta o entretenimento e a diversão.

Dependentes de tecnologia
Quase 80% dos entrevistados acham que o computador é fundamental e que “não dá para viver sem ele”. Entre os casais mais jovens, 44% se declaram dependentes da tecnologia e para 61% da amostra a tecnologia é algo que contribui para o bem-estar da família. 83% dos pais estão empenhados em fazer a tecnologia chegar aos seus filhos, uma vez que se sentem responsáveis por esse acesso.

Comunicação: demanda por mais informação
A classe C quer mais informação na propaganda. Temas variados como nutrição, tecnologia, cartão de crédito e dicas de como falar ou se vestir são atrativos para a amostra. Artistas de origem modesta, no estilo “gente como a gente”, causam identificação, mas o discurso deve ter humor, preferido em relação às usuais lições de vida.

Marcas renomadas são fundamentais para:
a comida das crianças (71%);
eletrodomésticos (70%);
alimentos de casa (65%);
carro (63%);
produtos de beleza (60%).

Fonte:
McCann Erickson/ Data Popular
Por
HSM Online em 18/03/2009


Publicidade online: Salva-Vidas

É inegável o poder da internet no mundo contemporâneo. Em tempos como os atuais, saiba quais os benefícios do canal.

Dizem os mais experientes que é preciso extrair, até das notícias ruins, algo de positivo. Esse ensinamento se aplica de maneira exata à crise mundial, que trouxe instabilidade econômica, retração da economia e muita insegurança entre o empresariado nacional. Mesmo assim, diante desse verdadeiro caos o segmento de marketing tem uma oportunidade única de aproveitar esse momento para se posicionar, de uma vez por todas, como um verdadeiro aliado estratégico.

Em tempos de crise, as empresas “apertam seus cintos” com o objetivo de cortar gastos. Essa é uma tendência natural, independentemente do segmento de atuação. A crise, como era de se esperar, acabou gerando uma postura de desconfiança entre os empresários, que preferem postergar iniciativas que envolvam investimentos. No entanto, embora o cenário pareça inoportuno, temos uma brecha extremamente interessante para os profissionais da área de marketing demonstrar como um plano bem estruturado, especialmente que envolva publicidade online ou digital, pode otimizar custos e contribuir para a formação ou consolidação de uma marca.

É inegável o poder que a internet exerce no mundo contemporâneo. Prova disso é que segundo pesquisa da consultoria Jupiter Research, o número de usuários de internet vai chegar a 1,8 bilhão de pessoas em 2012, um quarto da população mundial. A perspectiva é otimista, já que o número de internautas deve continuar crescendo a cada ano, impulsionado pela expansão das redes de banda larga e contínuo crescimento do acesso à internet por dispositivos móveis.

Outro dado importante, que também interessa para os profissionais de marketing, refere-se ao número de internautas que acessaram a web a partir de casa, que surpreendeu em dezembro ao mostrar crescimento sobre novembro, segundo a empresa de medição Ibope/NetRatings. Ainda de acordo com os últimos levantamentos da companhia, o Brasil se mantém entre o primeiro e segundo país do mundo em tempo de navegação e o usuário brasileiro navega na web, em média, 23 horas por mês.

Nesse contexto, o mobile marketing e qualquer modalidade de publicidade digital tornam-se grandes filões para quem não pode deixar de investir, mas teve sua verba reduzida em função da crise. Essa constatação ganha ainda mais força se levarmos em consideração pesquisa divulgada pelo Gartner: até 2010 cerca de 350 milhões de pessoas terão acesso a e-mails a partir de dispositivos móveis, o que representará cerca de 20% das contas de e-mail existentes no mundo.

Diante desse cenário, é função do marketing repensar e propor novas estratégias comerciais, desenvolvendo, por exemplo, versões customizadas de seus produtos e serviços para utilização a partir de um dispositivo móvel. Esse modelo, além de ampliar o relacionamento da empresa com o seu público-alvo, se bem empregado pode oferecer facilidades na hora de mensurar o retorno de uma campanha e calcular o ROI (Retorno sobre o Investimento).

Atualmente, já existem métricas precisas de avaliação de resultados de campanhas online, o que possibilita às empresas caminhos alternativos para um investimento, além da compra de um espaço no mundo digital. É preciso valorizar ainda os principais diferenciais do canal, que é seu amplo poder de viralização do conteúdo. Outro atrativo é o fato de funcionar como uma mídia de massa, mas com possibilidade de trabalhar um público segmentado.

Com a turbulência mundial, os empresários anseiam por respostas na difícil tarefa de cortar custos e otimizar investimentos. Ao contrário do que se imagina, o caminho das pedras pode ser muito óbvio. Basta um clique para perceber que em temporada de crise, as mídias digitais são a grande aposta. E quem “nadar” contra essa maré tem boas chances de morrer afogado.

Por Heloisa Ticianelli
Gerente de negócios da EverMedia
Fonte: HSM Online

Conquistar e Fidelizar

Conquistar e fidelizar clientes, atrair e reter talentos. Essa é a equação da eficiência que a moderna gestão tem de resolver, segundo o best-seller e consultor organizacional César Souza. Ele fala aqui das angústias que rondam os grandes líderes e aponta quais reflexões e estratégias podem levar o time organizacional aos melhores resultados. Ah, sim, "sonhar é preciso", enfatiza Souza.

Quais são os pilares da gestão moderna? Qual é a estratégia dos vencedores?

A Gestão Moderna tem três focos: clientes; talentos; resultados. Sempre disse que o DNA vencedor é aquele que alinha de forma inteligente as pessoas, os clientes e os resultados. Essas três variáveis têm de andar de mãos dadas. Não é possível encantar clientes sem encantar talentos. Uma empresa só consegue clientes fiéis se tiver colaboradores fiéis. E tudo isso só faz sentido se der resultados. O outro pilar importante é o da inovação. E também a necessidade de gerar valor para toda a cadeia de valor da empresa. Quem pensa apenas no ROI ou Retorno dos Investimentos para acionistas não vai sobreviver muito tempo. Hoje tem de gerar valor para clientes, comunidades, colaboradores, fornecedores, etc. A geração de valor para acionistas resulta da geração de valor para esses outros componentes da vida de uma empresa.

Como é que os presidentes pretendem investir nesses pilares? Que tipos de ações estão sendo implementadas?

Os Presidentes de empresas estão começando a ganhar consciência desses pilares. Muitas empresas dizem ter foco no cliente, mas, na pratica, continuam com foco no produto e continuam com o olhar de dentro para fora. Precisam passar a olhar suas empresas de fora para dentro. Isso leva uma geração para se concretizar, pois nosso modelo mental ainda é uma herança perversa da Era Industrial.

Quais são as grandes angústias e os grandes desafios dos presidentes no momento atual?

Os principais desafios são como conquistar e fidelizar clientes e como atrair e reter talentos. As angústias são várias. A solidão do poder é uma delas. A sucessão é outra. O equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho, mais uma. Vivemos todos angustiados. Essa poderia ser chamada a Era da Angústia.

Que mudanças você visualiza no universo corporativo, em termos de propostas de gestão, a médio e curto prazo?

A principal mudança qualitativa é que as pessoas não querem mais emprego. Querem ser donas de seu próprio nariz. Querem autonomia, liberdade, desafios. A principal mudança que visualizo é do desenvolvimento de um nível de empreendedorismo interno e externo muito maior que o jamais visto no passado. As empresas terão de oferecer oportunidades paras que seus talentos sejam empreendedores, mesmo que internos. A Era do Empregado está descendo a ladeira. A grande aspiração, o grande sonho hoje é ser empreendedor, mesmo que de um negócio pequeno. Por isso muita gente está levando uma vida paralela: de um lado, a vida de executivo na grande empresa; do outro, o seu pequeno negócio.

"A pressa é inimiga da perfeição" é um dos valores da década passada que foi desbancado pelos novos tempos. Hoje, velocidade é fundamental, que nos perdoem os perfeccionistas. Que outros valores do passado recente foram desbancados?

Vários valores estão sendo desbancados. Alguns ditos populares revelam essa tendência, como "Manda quem pode e obedece quem tem juízo"; "Você foi pago para fazer e não para pensar"; "Cada macaco no seu galho". Todos esses valores são as pérolas do pensamento da Era Industrial, estão sendo derrotados um a um, dia após dia.

A concorrência é pesada, as mudanças são quase imprevisíveis, endurecer é preciso? Como incorporar ideais de espiritualidade e sensibilidade no trabalho e, ao mesmo tempo, ter pulso firme para segurar o timão nas reviravoltas do cenário globalizado?

Não acho necessário endurecer. Essa tática é oriunda do tempo em que se comparava estratégia de negócio com estratégia de guerra. Uma bobagem! O que é necessário é desenvolver a visão comum, o consenso de um propósito. O comprometimento é proporcional ao senso do rumo, ao sonho coletivo. Quando o sonho não é coletivo, aí precisa endurecer para enquadrar. Mas quando o sonho é bem sonhado e o senso de propósito é comum, precisa é de inteligência, criatividade e coragem. E isso não se obtém com endurecimento. Endurecimento é a tática dos incompetentes.

Que papel tem os sonhos na vida dos líderes? Como eles podem se tornar etapas para a concretização dos ideais corporativos?

Os sonhos é que movem o mundo. O sonho é a primeira etapa do planejamento estratégico das empresas bem-sucedidas como a Natura, Amil, Odebrecht, Embraer, Magazine Luiza, Marcopolo. Os lideres empresariais bem-sucedidos são realizadores de sonhos, isto é, possuem a cabeça nas nuvens, mas os pés bem plantados no chão. Os lideres não buscam seguidores, formam outros líderes. Os grandes líderes não oferecem empregos, oferecem causas. Os grandes líderes conseguem entrar no imaginário dos seus clientes e captar os sonhos deles, assim como conseguem motivar seus parceiros e colaboradores, desenvolvendo um sonho coletivo.

Sobre César Souza
Foi vice-presidente da Odebrecht of America Inc. nos Estados Unidos
Por Christiane Brito
Fonte: GESTÃO PLUS www.gestaoerh.com.br

10 passos para o marketing sustentável

10 dicas de estratégias para ser reconhecido no mercado como uma marca sustentável.

Após alguns anos de construção, a sustentabilidade e o "verde" foram a temática na maior parte dos anos de 2007 e 2008. Porém, com a recente queda do mercado, o diálogo se voltou mais para manter um teto sobre a cabeça do que manter um telhado verde. E o que uma marca sustentável deve fazer? Abaixo, estão algumas estratégias para mantê-lo à tona durante estes tempos tumultuosos.

1. Em primeiro lugar, tenha orgulho da sua marca sustentável, e saiba que há um forte núcleo de pessoas por aí que ainda se preocupam com a sustentabilidade e que irá continuar a preocupar-se. Eles podem não falar, mas mantiveram-se na linha – comprando orgânicos, reciclando, utilizando lâmpadas fluorescentes compactas, preferindo empresas que apóiam o comércio justo e causas ambientais, procurando produtos locais, buscando diminuir o uso de produtos tóxicos para casa e o corpo, buscando saúde e bem-estar e uma vida mais equilibrada e simples, apoiando as ações ambientais positivas e justiça social, sempre que possível. Uma sondagem recente confirma: 85% das pessoas ainda desejam comprar produtos de empresas socialmente responsáveis, independentemente da economia.

2. Se for uma marca com credibilidade em sustentabilidade, você vai se dar muito bem, e provavelmente ainda superar o mercado em geral. Se fizer apenas “greenwashing”, então agora seria um bom momento para parar, pois o mercado está mais preocupado com o "valor" do que com valores, num momento como este (não importa o que digam as pesquisas).

3. Seja socialmente responsável. Fale sobre isso. Seja mais socialmente responsável que nunca. Fale ainda mais sobre isso. Consumidores conscientes preocupam-se muito mais com as ações socialmente responsáveis internas da empresa (como tratam seus empregados) que com ações ambientalmente responsáveis. E esse sentimento só deve crescer.

4. Antecipe as crescentes atitudes anti-consumo e concentre-se em oferecer uma experiência de qualidade. Em tempos como este, as pessoas terão uma atitude de rejeição natural ao consumo em geral e irão ressentir-se da mera existência de bens que, simplesmente, não podem pagar. Até mesmo rejeitando a própria ideia de consumo se já estiverem estabelecidas no caminho para a sustentabilidade.

Agora é o momento de questionar seriamente seu produto, sua marca e sua mensagem - "qualidade" é um valor central para o consumidor consciente, e deve tornar-se ainda mais, com as pessoas cada vez mais seletivas (por necessidade) no que compram.

5. Dito isto, luxos acessíveis e prazeres “sem culpa” irão prosperar neste ambiente, como durante a “Grande Depressão” e qualquer outra baixa econômica. Dica: você está dando às pessoas realmente algo que tem um impacto positivo em sua vida e do planeta (relativamente, claro).

Sejam chocolates orgânicos "nutritivos", que prometam "êxtase" na embalagem, ou uma camiseta de algodão biológico extra-macio, se você oferece pequenos prazeres acessíveis, o consumidor pode ser atraído. E se puder lançar mão de certas qualidades como "artesanal", "nutritivo" ou "espiritualmente elevado", a sua oferta vai parecer ainda mais luxuosa, porque estes são os novos valores que definem "luxo" para o consumidor consciente.

6. Você provavelmente tem menos dinheiro para gastar com marketing atualmente, mas as redes sociais são um poderoso meio de difusão. Preste atenção no alcance digital e bidirecional da comunicação no espaço digital. Pessoas que tenham incorporado a sustentabilidade a suas identidades sentem-se bem ao elogiar produtos neste espaço - ainda é tão difícil encontrar bons produtos e serviços "responsáveis" que os consumidores tendem a falar em suas redes sobre o que encontraram.

Então, domine o espaço digital - comece um Twitter, desenvolva uma comunidade no Facebook, mantenha uma conversa bidirecional transparente com o seu público-alvo, deixe seu próprio site completamente interativo, e você verá seu marketing ir muito mais longe.

7. Não tente conquistar pessoas com mensagens de valores malfeitos. Algo onipresente nos últimos meses. Como uma marca para a sustentabilidade, seu foco é no tripé da sustentabilidade (pessoas, planeta, lucro) e seus consumidores se preocupam com isso. Ao focar no custo, de repente, você corre o risco de aparentar manipulação e fugir da marca.

Os produtos “verdes” tiveram bastante dificuldade para estabelecer-se nos últimos anos, por conta dos preços (entre outras razões), e agora não seria um bom momento para chamar a atenção para o fato menor de que produtos e serviços dessa qualidade tendem a custar um pouco mais. Consumidores conscientes não compram seu produto porque é o mais barato, este nunca foi o seu valor proposição, e nunca deveria ser. Não comprometa seus valores num momento como este.

8. Dado que as pessoas, certamente, terão problemas para arcar com seu produto, seja generoso. Muito generoso. E se fizer isso com produtos grátis e programas lealdade, em vez de reduções de preço, as pessoas vão amá-lo ainda mais. Reduções de preço depreciam sua marca; brindes arquitetados inteligentemente criam profundo sentimento de identificação.

Durante a “Grande Depressão”, os cinemas ofereciam conjuntos de prata - peça por peça, semana por semana - e apresentaram-se sempre com casa cheia, mesmo nos piores momentos. A amostra-grátis é uma das táticas mais poderosas para produtos alimentares - 24% das pessoas, quando recebem uma amostra de um produto, compram-no em vez do produto que pretendiam adquirir. Então dê coisas. Dê livremente e inteligentemente e o consumidor se ligará à sua marca.

9. Compreenda as raízes profundas da sustentabilidade. Isto lhe dará as melhores pistas sobre o que fazer, como se expressar e ter consciência do que os consumidores realmente querem. Para compreender um movimento, temos de olhar para as crenças de seus inventores e primeiros participantes - é aqui que tudo começa. A sustentabilidade não é uma moda ou uma tendência. É uma mudança cultural sísmica, e ela está aqui para ficar.

10. De fato, a atual conjuntura econômica é um resultado direto de excessos anteriores. E uma correção é realmente uma boa coisa. Então pense bem sobre o que você está tentando vender. Examine-a de todos os ângulos, e pergunte-se se é verdadeiramente necessária. Mudar está na moda. Redes P2P estão desenvolvendo poderosas alternativas para consumo gratuito - troca de roupas entre fashionistas em festas do “troca-troca”; a couchsurfing.com torna os hotéis obsoletos; freecycling, freeganism, e toda a espécie de "empréstimo", as redes aumentam a cada dia.

Estas tendências desafiam os modelos convencionais de compra em todas as etapas. Então, pergunte-se: o que você realmente pretende dar às pessoas? Elas realmente precisam disso? E, principalmente, se é possível encontrar outra forma de obtê-lo?

Desafie suas próprias práticas de sustentabilidade em todos os pontos.

Por Hilary Bromberg, diretora Estratégica na egg
Fonte: http://www.bio2.com.br/

quarta-feira, 11 de março de 2009

Newsletter ajuda a manter o elo com o cliente

Mais do que e–mail marketing, newsletter é relacionamento: começa com a afinidade dos dois lados, desenvolve a confiança, mantém vivo o interesse e constrói uma satisfação duradoura.

A implementação de uma newsletter é uma boa estratégia de e–mail marketing e consiste no envio periódico de um boletim aos seus clientes e aos seus potenciais clientes, via e–mail. A newsletter não deve ser confundida com o envio ocasional de e–mails (mala–direta eletrônica). Ela se caracteriza pelo envio regular de mensagens, com uma freqüência diária, semanal ou mensal, e por um conteúdo mais informativo.

Também não se deve esperar da newsletter resultados a curto prazo. Estes resultados são característicos da mala–direta eletrônica, elaborada para divulgar uma oportunidade, supostamente única, de o cliente potencial realizar uma ótima compra, quer seja pela vantagem do preço, da novidade, ou da promoção temporária, em um processo típico de compra por impulso.

Além de disponibilizar os produtos da empresa ao cliente potencial com um simples clique, a newsletter tem como objetivo gerar confiança pela exposição constante da marca. Os resultados da implantação de uma newsletter são lentos, mas consistentes; podem ser mensurados por meio da visitação do site, que deve apresentar um aumento gradativo, assim como pela taxa de conversão (quantidade de compradores em relação à quantidade de visitantes), que também deve aumentar ao longo do tempo. Na implementação de uma newsletter, dois aspectos merecem especial atenção.

O que enviar

O conteúdo é de fundamental importância. Se o destinatário não receber algo que ele perceba como valor, não haverá interesse na continuidade do recebimento da newsletter, impedindo a obtenção dos resultados que, em geral, ocorrem a longo prazo. Um bom conteúdo é aquele que gera algum benefício para o leitor. Uma dica, um presente, um artigo, uma oportunidade, informações úteis são exemplos de conteúdos que geram satisfação e estabelecem o início de um relacionamento que estimulará a ocorrência de transações futuras.

É claro que alguns setores possibilitam a elaboração de conteúdo mais facilmente do que outros. Uma livraria, que trabalha com produtos relacionados ao conhecimento, por exemplo, oferece muito mais subsídios para a geração de conteúdos atrativos do que uma fábrica de parafusos. Mas, com um esforço de criatividade, esse obstáculo pode ser superado.

Para quem enviar

No e–mail marketing em geral e, particularmente, no envio de uma newsletter, um cadastro composto de pessoas que autorizaram o recebimento da comunicação (opt–in) é fator decisivo para o sucesso.

Afinal, como a empresa poderá conseguir credibilidade se o primeiro contato com o cliente é realizado de forma invasiva? Newsletters bem–sucedidas são, na grande maioria dos casos, enviadas para clientes ou visitantes do site, não para desconhecidos, embora, talvez em decorrência de uma visão imediatista, muitas empresas optem por adquirir cadastros externos, em vez de trabalhar com seus próprios cadastros ou iniciar a formação de um.

Tempos atrás, a argumentação de empresas que possuíam grandes quantidades de clientes cadastrados e não se comunicavam com eles era o custo envolvido. Tal preocupação já não faz sentido na economia digital, pois o custo para enviar um e–mail é irrisório.

Evidentemente, a elaboração de uma boa newsletter é um processo trabalhoso, que exige planejamento, conhecimento e pesquisa de conteúdo de qualidade para o leitor. Além disso, é preciso ter paciência para “colher os frutos” desse esforço. Porém, para as empresas com visão de longo prazo, o resultado é certamente recompensador.

TI é indispensável para alavancar os negócios das seguradoras

Mauricio Ghetler - Diretor de Marketing e Vendas da I4PRO

em entrevista a Priscila Dadona - Investnews


São Paulo, 6 de março de 2009 - Apesar da crise financeira, e por causa dela, o setor de seguros deve aumentar seus investimentos em Tecnologia da Informação (TI) este ano. Entre os motivos estão: a busca pela eficiência operacional, a redução dos custos sem perda da qualidade, o desenvolvimento de novos produtos e a necessidade de se adequar às mudanças regulatórias constantes.

Sem temer o momento econômico delicado, a I4PRO, empresa focada somente neste mercado, e que tem até no nome o segmento em que atua (o I da marca significa Insurance, seguro em inglês), se diz preparada. Este ano a companhia projeta investimentos de US$ 400 mil a R$ 500 mil com expectativa de elevar o faturamento em, pelo menos, 40%.

Para Mauricio Ghetler, diretor de marketing e vendas da empresa, o setor de TI é indispensável para alavancar os negócios das seguradoras.

Leia abaixo mais sobre o assunto e assista à entrevista completa nos sites www.investnews.com.br e www.GZM.com.br. Clique no link abaixo: Entrevista em vídeo com Mauricio Ghetler

INVESTNEWS – Com a crise acertando em cheio diversos setores da economia, o que manterá o mercado de TI aquecido em 2009?

Mauricio Ghetler – 2009 vai caracterizar-se como o ano em que as seguradoras, nicho em que a I4 PRO atua, vão primar pela manutenção da liquidez, ou seja, farão grandes investimentos. Mas existem alternativas para a realização desses investimentos que não dependem de capital próprio. Os principais motivadores serão: a renovação de parque (hardware, software e telecomunicações), a busca da eficiência operacional, “fazer mais com menos”, e as mudanças regulatórias que devem ocorrer no mercado – estas provavelmente são as mais importantes. Sem citar nomes, algumas seguradoras mostraram que as demandas regulatórias são insuficientes no mundo inteiro. No Brasil, também vamos sentir o reflexo, gerando uma revisão de processos e novos investimentos em tecnologia.

INVESTNEWS – Essa projeção se estende para os próximos anos?

Mauricio Ghetler – Sem dúvida. Da mesma forma que essa crise financeira não se resolve em apenas um mês, já se provou isso, acredito que essas mudanças, principalmente as regulatórias, se estenderão por muito tempo e exigirão um esforço muito grande das áreas de TI e das seguradoras.

INVESTNEWS – Houve mudança nos planos em virtude da queda na demanda para 2009, por causa do cenário econômico?

Mauricio Ghetler – Todas as empresas estão revendo suas estratégias, principalmente para serem mais agressivas comercialmente e muitas estão diminuindo os investimentos. No nosso caso, revimos algumas estratégias de expansão internacional, focando mais o Brasil que está sendo menos afetado pela crise mundial.

INVESTNEWS – Os investimentos de seguradoras em TI representam uma nova tendência? Por quê?

Mauricio Ghetler – Sim, acho que estamos vivendo, por conta da crise, um cenário parecido com o que ocorreu no mercado financeiro na década de 80 e início dos anos 90 - de grandes investimentos em automação de processos. Como estão os processos não podem ficar. A I4PRO é alavancadora de mudanças de processos, por meio da tecnologia. Sentimos que a maioria das seguradoras busca mudanças e serão investidoras este ano. Até para sobreviver.

INVESTNEWS – Quais os benefícios oferecidos para as seguradoras?

Mauricio Ghetler – Principalmente o ganho de eficiência e a capacidade de atingir outros nichos em um prazo muito curto a um custo aceitável.

INVESTNEWS - Cite alguns exemplos desses nichos?

Mauricio Ghetler – Alguns nichos que estão despontando e vão desenvolver-se mais são os de garantias públicas e privadas, principalmente por conta de obras. Aqui no Brasil, o destaque são para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que não devem parar. Caso contrário, o País para de vez. Todas as obras novas do governo exigem seguro garantia. Para se ter uma idéia, esse é um segmento que cresce quase 100% ao ano. Outros segmentos que têm crescido bastante são o de seguro de vida e o de seguro de crédito. Várias seguradoras estão começando a explorar esses nichos.

INVESTNEWS – Qual o investimento real das seguradoras em TI?

Mauricio Ghetler – Toda vez que se fala em investimento em TI é preciso relacionar este investimento ao faturamento de uma companhia. No caso das seguradoras, temos de falar em prêmio emitido. Eu diria que hoje em dia uma seguradora utiliza, em média, de 1,5% a 3,5% do seu prêmio diretamente para investimentos e despesas em tecnologia. É um valor bastante expressivo. Em alguns países no exterior, este valor não é tão grande, porque lá as coisas não mudam tanto como aqui no Brasil. O mercado de seguro lá fora é mais maduro. Aqui, ele está sendo moldado. As normas e os processos ainda estão sendo criados. Além disso, o brasileiro tem uma característica de querer fazer tudo diferente. E, para fazer tudo diferente é preciso, muitas vezes, investir mais.

INVESTNEWS – Quais os desafios que devem manter aquecido este mercado em 2009?

Mauricio Ghetler – Os desafios seriam: adaptação à nova realidade de mercado; realidade regulatória; novos nichos; eficiência; sobrevivência a toda a crise, mantendo a liquidez da seguradora; e aproveitamento da retomada dos negócios porque muitas seguradoras, inclusive as grandes – há exemplos no exterior - , terão problemas. As pequenas, que souberem aproveitar este momento, conseguirão se sobressair e ter ganhos expressivos em 2010 e 2011.

INVESTNEWS: Quais as mudanças em regulação que deverão ocorrer este ano?

Mauricio Ghetler – O que houve nos Estados Unidos foi uma má gestão das reservas técnicas das seguradoras. Este problema não deve ocorrer aqui porque a Susep (Superintendência de Seguros Privados) é bem mais criteriosa na regulação. É um organismo muito atuante. Isso nos leva a pensar que não deve mudar nada, que está tudo em ordem, mas o Brasil sempre copia as boas práticas. Se houver boas práticas lá fora, motivada por Estados Unidos ou Europa, certamente isso se refletirá aqui.

INVESTNEWS – Outros setores, além do seguro, impulsionarão também o mercado de TI? Quais são eles?

Mauricio Ghetler – Há alguns setores clássicos no Brasil - que vão manter-se sempre aquecidos. O mercado financeiro sempre figurou como um grande investidor que emprega entre 0,7% a 0,9% dos ativos totais em TI e é um setor que não baixa os investimentos. Assim como o mercado segurador, o financeiro ainda tem necessidade de investir bastante. A diferença é que o segurador é uma novidade. Outro mercado que vai investir mais em TI é o de energia, que tem que se remodelar e acompanhar inovações e mudanças de matriz energética. Telecomunicações e alguns setores da indústria pesada permanecerão como grandes investidores também.

INVESTNEWS – Quanto a I4PRO cresceu em 2008 e qual a expectativa para este ano, já contando com fatores que possam ter contribuído para as mudanças de rotas?

Mauricio Ghetler – 2008 foi um ano muito bom para nós. Crescemos 53% em termos de faturamento. Projetamos um crescimento de 40% em 2009. Este patamar, é pessimista, pois se o mercado der uma reviravolta e se aquecer - não só no ramo de tecnologia como em geral - o ano pode ser melhor ainda para nós.

INVESTNEWS – Quanto a empresa projeta investir este ano? Quais os principais planos?

Mauricio Ghetler – Tipicamente a I4PRO investe de 8% a 12% do seu faturamento bruto em pesquisa desenvolvimento. Este ano vamos nos manter nessa faixa. Não vamos tirar o pé do acelerador, porque não queremos ter surpresas com novos 'players' nos atacando.

INVESTNEWS – E seria uma cifra de aproximadamente quanto?

Mauricio Ghetler – Em 2009, algo em torno de US$ 400 mil a R$ 500 mil.

INVESTNEWS – Há algum lançamento previsto para este ano?

Mauricio Ghetler – Temos como lançamento diversas melhorias e mudanças de versões de sistemas. As demandas regulatórias certamente vão exigir muitas versões novas. As inovações tecnológicas também, dada a grande quantidade de clientes e perfil diversificado deles. As inovações não deixam de ser novos produtos.

INVESTNEWS – Qual a posição ocupada pela empresa hoje no mercado?

Mauricio Ghetler – Se considerarmos a clientela ativa, ou seja, de seguradoras que mantém contrato e recebem nossos produtos mensalmente, estamos com 17% do mercado segurador brasileiro. Somos o maior em clientela ativa.

INVESTNEWS – Qual é o carro-chefe da I4PRO?

Mauricio Ghetler – Nosso carro-chefe é o I4PRO IRP que faz toda a automação de processos, desde a cotação de seguros até a emissão de apólices, regulação de sinistros, administração de coseguros, resseguros, toda parte de relatórios oficiais e demandas regulatórias que a Susep venha a fazer e a parte de integração contábil.

INVESTNEWS – As seguradoras são o principal ramo de atuação da empresa? Há outros segmentos em que a companhia pretende atuar?

Mauricio Ghetler – Hoje nosso objetivo é ser muito bom no que fazemos. Ser o melhor. A I4PRO é uma empresa que tem a palavra Seguros no Nome (o I q vem de Insurance). É difícil outra empresa de TI que tem, no nome, a atividade em que atua. Portanto, nós pretendemos manter o foco nos processos de seguros.

INVESTNEWS – O mercado externo faz parte dos planos da companhia?

Mauricio Ghetler – Sim, desde a fundação da empresa analisamos o mercado externo. Adaptamos nossos produtos, seja do ponto de vista regulatório, de moedas e de linguagem para outros países. Hoje nosso RP é disponível em português, espanhol, inglês e japonês.

INVESTNEWS– E a China está nos planos da companhia?

Mauricio Ghetler – Não. O mercado de seguros na China ainda é muito pequeno. É extremamente centralizado em grandes estatais e muito complicado para se trabalhar. Para nós é muito mais importante os Estados Unidos que, apesar de sérios problemas, 30% dos seguros no planeta são feitos lá. No Japão, 15% e na China 2,5%. Portanto, não há perspectiva de que o mercado chinês fique tão relevante em tão pouco tempo, ainda mais com crise.

Sobre o autor
Mauricio Ghetler - Diretor de Marketing e Vendas da I4PRO

Comunicação e Negócios

Um ditado antigo dizia que “a propaganda é a alma do negócio”. A frase em si, não está 100% certa. O mais correto seria dizer que a comunicação é parte primordial para o sucesso dos negócios, já que comunicar é um processo social básico e que torna possível a própria vida em sociedade.

Se partirmos do ponto de vista que a comunicação rege todas as relações humanas, porque não acreditar que ela é parte fundamental no processo de venda, seja de um produto ou, nesse caso específico, de uma apólice?

Em um mercado competitivo como o de seguros, empresas ou profissionais que não trabalharem a sua comunicação, certamente perderão oportunidades importantes. Se há alguns anos bastavam boas relações com os principais clientes para assegurar o futuro dos negócios, hoje diversos outros agentes passaram a fazer parte desta equação, obrigando a empresa a compreender sua ação muito além dos limites de seus muros.

Para nos comunicarmos no mundo moderno é preciso muito mais do que cartões de visita ou relacionamentos profissionais. Desde a explosão da internet, no início do século XXI, ter um site – e mantê-lo atualizado – é o primeiro passo para estar conectado a este novo mundo. Mas apenas isso não é o suficiente.

O investimento em comunicação deve ser constante. Se grandes marcas, consolidadas e já conhecidas, anunciam com freqüência na mídia, como é possível achar que os pequenos podem fazer ações pontuais e ter retorno à curto prazo? Construir uma marca leva tempo e é um processo que precisa de análise e planejamento.

Alguns avaliam que investir em comunicação significa basicamente anunciar na mídia, colocando uma propaganda afirmando que o seu produto é o melhor. Obviamente que este tipo de ação é apenas uma entre tantas possibilidades que existem e que, com certeza, pode não estar ao alcance de qualquer empresa ou profissional.

Ao contrário do que muita gente pensa, investir em comunicação não representa um custo elevado e deveria ser a última coisa a ser cortada por falta de recursos ou redução de despesas. Existem formas que são quase inexploradas e apresentam um custo próximo do zero, se avaliarmos o número de pessoas que tiveram acesso àquela informação. Mas tudo vai depender do quanto será investido, do tempo de espera por este retorno e o público-alvo.

Para essas ações mais elaboradas, como construir uma ação de marketing viral, por exemplo, é preciso contratar profissionais que entendam deste processo. A pior coisa que pode acontecer é você ser seu próprio inimigo, fazendo algo negativo ou que incomode outras pessoas, prejudicando a sua imagem ou da empresa em que trabalha.

Outra dificuldade é mensurar o retorno que a comunicação traz aos negócios. Como avaliar que a principal responsável pela concretização do negócio foi a sua e-letter enviada para o mailing ou a propaganda que a sua empresa fez em algum veículo de comunicação?

Administrar um negócio significa, entre outras coisas, utilizar a comunicação como ferramenta estratégica, fundamental para o sucesso do empreendimento, seja ele qual for. Se a sua empresa ainda não percebeu esta realidade, está na hora de refletir.

As pessoas que não encontram tempo para cuidar da comunicação da sua empresa precisam delegar esta função para outras companhias ou profissionais. É cada vez mais necessário ter pessoas preparadas, pensando em maneiras inteligentes de atrair o interesse do consumidor para determinada marca ou negócio.

Um dos enganos mais comuns é achar que, por saber escrever ou por conhecer determinados softwares, qualquer pessoa pode fazer a sua comunicação. E ai, outro ditado antigo aparece: “O barato pode sair caro”. Mas isso é assunto para uma próxima coluna.

Sobre o autor
Gustavo Sígolo (gustavo@studiodpi.com.br) é diretor comercial do Studio DPI.

Indústria x Comércio Eletrônico

A história das relações comerciais das indústrias e varejos começa a ser questionada. O pivô desta história é o consumidor. Hoje as indústrias se deparam com um consumidor mais informado e exigente, em contrapartida a concorrência está cada vez mais acirrada e os canais de distribuição menos lucrativos.

Entender este novo consumidor e chamar a sua atenção é o desafio que as empresas, que desejam obter sucesso na era digital, devem ter.
Hoje os consumidores têm menos tempo e incentivo para absorver novas informações. A grande disputa nas empresas é por algo cada vez mais escasso: o share of time. O que nada mais é que uma fração do raro tempo no dia-a-dia do consumidor moderno. Tempo este que vale ouro.

Neste momento é que se mede a grande importância do contato direto entre indústria e seus clientes do comércio eletrônico. Antes os consumidores eram propriedade dos varejistas, e agora passaram a ser compartilhados com os fabricantes. Podemos perceber isso claramente em indústrias como Panasonic, Sony, Erwin Guth e Whirlpool (Brastemp e Consul) que já desenvolveram através de seus próprios websites de comércio eletrônico, um canal direto com seus consumidores finais.

A venda pela loja virtual para estas empresas começa a ser um canal muito forte, pois gera o fortalecimento da relação com os usuários de seus produtos e aumenta a oferta. A tendência é que a venda digital torne-se mais forte nesse canal, através da utilização de conceitos básicos como medir as tendências e ouvir os consumidores.
A interação da indústria com o consumidor digital acaba beneficiando os dois lados, onde o resultado final é o atendimento completo dos anseios das pessoas e o aumento da lucratividade das empresas.

A Erwin Guth, fabricante de instrumental odontológico e cirúrgico, por exemplo, utiliza-se do comércio eletrônico como canal exclusivo para venda de seus produtos odontológicos direcionados aos cirurgiões-dentistas e alunos da faculdade.

Outro ponto importante utilizado em algumas empresas é a possibilidade da personalização dos produtos, o que aproxima o conceito da marca com a personalidade de seu consumidor digital.

A Brastemp permite que consumidores montem os produtos conforme sua vontade. Respeitando algumas regras, é possível customizar cor, compartimento, materiais e acessórios. Ainda é possível criar uma série de ferramentas que permitem com que a indústria mensure a importância dos diferencias de seus produtos. Um site de e-Commerce pode se tornar um verdadeiro canal de relacionamento, com espaços para comunidades, opiniões, dicas e sugestões, tudo alimentado pelo internauta, com toda a espontaneidade que as empresas sempre sonharam. Basta um pouco de criatividade e investimento neste canal que se fortalece a cada dia.
Sobre o autor
Gustavo Sígolo
(
gustavo@studiodpi.com.br) é diretor comercial do Studio DPI.

Quanto custa abrir uma loja virtual?

O investimento para abrir uma loja virtual é bem menor do que a maioria das pessoas pensa. Claro que qualquer projeto esbarra na questão do custo, mas no caso do e-commerce, os fatores determinantes são diferentes dos encontrados no comércio tradicional, ou pelo menos, ocorrem em menor escala.

Existem três pontos que precisam ser analisados: implantação do e-commerce, a entrega dos produtos e forma de pagamento. Nessa coluna, vamos focar apenas a primeira parte, deixando os outros assuntos para uma próxima vez.

Para que uma loja virtual funcione de maneira adequada é necessário que a plataforma possibilite a realização de pedidos diretamente pelos clientes e o gerenciamento de todos os processos do negócio, como divulgação, promoção, venda e entrega.

O ideal é que você contrate um desenvolvedor para montar uma loja sob medida, mas se isso não for possível, basta procurar alguém que já tenha uma solução pronta. Nesse caso, faz-se apenas a customização de acordo com a necessidade específica do cliente.

O custo vai variar conforme o grau de flexibilidade da solução e a diversidade de funções oferecida pela loja virtual. Para possuir um projeto básico, o investimento não deve ultrapassar os R$ 6 mil reais, além de uma pequena taxa de manutenção e hospedagem.

Uma solução intermediária, que envolve maior customização e outros recursos como sistemas para mala-direta e promoções, por exemplo, ficará em torno de R$ 12 mil reais, enquanto que os custos de manutenção e hospedagem devem chegar aos R$ 800,00 ao mês.

Como você já percebeu, o tamanho do projeto impacta diretamente no valor final. Organizações de médio ou grande porte, que precisam delegar totalmente a realização, o gerenciamento do comércio eletrônico e a operação logística, deverão gastar em torno de R$ 40 mil reais, além das outras taxas já citadas.

Uma vantagem do comércio eletrônico é o fato de poder começar o negócio com uma solução de menor custo e, aos poucos, adquirir sistemas mais sofisticados. Dessa forma, seu investimento ficará adequado ao volume de transações, diminuindo o risco financeiro do empreendimento.

Existem opções para todas as faixas de negócio. Por isso, é importante que o empreendedor saiba exatamente o que necessita. Procure uma empresa que atenda realmente a sua necessidade, mesmo que fique um pouco mais salgado. Lembre-se: às vezes, o barato pode sair caro!
Sobre o autor
Gustavo Sígolo (gustavo@studiodpi.com.br) é diretor comercial do Studio DPI.

COMUNICAÇÃO & BUSINESS

Por que investir em uma loja virtual?

Loja virtual é um site de venda completa através da internet. Também conhecida como e-commerce ou comércio eletrônico, permite o cadastro de produtos e preços pelo administrador da loja, faz o cálculo automático de fretes e facilita o acesso à compra.

No caso do comércio eletrônico, alguns fatores de custo normalmente não ocor- rem no comércio tradicional, como custos de contratação de mão de obra, locação do espaço, etc.

Ao contrário do que muita gente pensa, ter uma loja virtual ficou muito mais em conta, principalmente pelo avanço da tecnologia.

E qual a vantagem disso?

Uma pesquisa sobre o comercio eletrônico no mercado brasileiro, da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (EASEP-FGV) revela que as transações realizadas via internet, entre empresas e para consumidores, movimentaram aproximadamente US$ 170 bilhões em 2007.

O Brasil é o país da América Latina que mais utiliza esse canal de comércio, com quase 45% do consumo eletrônico do continente.

O consumidor também está mais confiante ao fazer transações pela rede mundial de computadores. Só este ano, o total de compras online foi de R$ 11,5 milhões.
Atualmente, o Brasil tem 39 milhões de pessoas com acesso à internet, é líder no tempo médio mensal de navegação, com 23h50min por internauta, entre os 10 países monitorados pela Nielsen / Netratings.

Esse panorama nos faz perceber que não ter uma loja virtual é renunciar a esse público consumidor. O custo com a manutenção é muito baixo e fazer parte desse universo é indispensável para alavancar as vendas e aumentar o faturamento da empresa.

O ideal é buscar uma agência que possa oferecer além da implantação, todo o planejamento: analisar o mercado, conceituar a loja virtual e a marca, desenvolver o layout, o conteúdo das páginas e a apresentação dos produtos na tela.

Procure um especialista no assunto e esclareça suas dúvidas.
Com certeza, o investimento será menor do que você pensa!
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Gustavo Sígolo (
gustavo@studiodpi.com.br) é diretor comercial do Studio DPI.

O momento certo de investir

Estudos comprovam que as empresas que investiram em publicidade durante as recessões foram as que se saíram melhor quando o motor da economia voltou a girar.

Nas últimas semanas, uma coleção de más notícias elevou ainda mais o grau de apreensão entre as empresas sobre os já alarmantes impactos da crise financeira global. Uma recente pesquisa aponta que a crise provocará perdas de US$ 1,4 trilhão em todo o mundo, dos quais US$ 800 bilhões já foram contabilizados. No Brasil, as empresas já sentem o aperto da redução do crédito e muitas delas começam a fazer prognósticos pessimistas quanto ao futuro.

Em um cenário cheio de incertezas como esse, chamam a atenção iniciativas de algumas empresas numa ofensiva agressiva para lançar novos produtos no mercado brasileiro. "Investir em publicidade em períodos turbulentos fortalece a marca perante os consumidores". Esta não é uma frase muito original, mas a verdade é que, muitas vezes, as crises podem se transformar em grandes oportunidades.

A aposta na criação de novos produtos e o aumento nos investimentos em publicidade e marketing, em meio à violenta crise econômica que assola o mercado global, não é uma experiência nova para muitos executivos de multinacionais.

Com algumas boas iniciativas, podem-se atingir posições estratégicas no setor de atuação nunca antes alcançadas. Em alguns casos, as estratégias foram tão ousadas que passaram da décima para a primeira posição no ranking de anunciantes, tornando-se, em apenas um ano e meio, líder no mercado de atuação. O fenômeno comprovou na prática que não é um caso isolado, uma característica específica de uma indústria ou setor.

Diversos estudos realizados por escolas de negócios, consultorias internacionais e pesquisadores independentes tentam, com dados mensuráveis, responder a uma pergunta que a maior parte dos altos executivos se faz em tempos de crise: "qual o melhor caminho: continuar a anunciar ou cortar esse investimento?"

Esses estudos avaliaram o comportamento de marketing de uma série de empresas durante retrações econômicas e suas conseqüências no ciclo posterior, quando há a retomada. Um deles analisou a atuação de 1.000 companhias durante o período de três grandes crises. A constatação foi que apenas as organizações que mantiveram ou aumentaram os investimentos em marketing nos anos difíceis tiveram aumento nos lucros na posterior fase de retomada econômica.

Em outro caso semelhante, o resultado foi o mesmo. De acordo com o levantamento, as companhias que realizaram cortes em verbas publicitárias levaram mais tempo para recuperar as vendas e a lucratividade ao fim da recessão. A pesquisa apontou ainda que as organizações que aumentaram os investimentos em propaganda tiveram, em média, lucratividade 4,3% maior do que antes da recessão. Além disso, as empresas que aumentaram os orçamentos de marketing em períodos de recessão ganharam participação de mercado quase três vezes mais rápido do que as companhias que cortaram verbas.

Foi justamente durante a recessão que Sam Walton, fundador do Wal-Mart, cunhou a frase que se tornaria uma espécie de mantra para períodos semelhantes em sua empresa. "Perguntaram-me o que eu achava da recessão. Pensei a respeito e decidi que não participaria dela", disse Walton. Se há hoje uma empresa que resolveu tomar a crise como oportunidade, essa é a Wal-Mart, maior rede de varejo do mundo. Assim que a crise financeira eclodiu, a empresa passou a veicular anúncios que procuraram estimular os consumidores a economizar em suas lojas com o mote "Economize. Viva melhor".

Em momentos como esse, as pessoas buscam produtos com preços mais baixos, e o lema é justamente cobrar menos para que elas vivam melhor. Além de aumentar o volume de anúncios veiculados, a Wal-Mart adotou promoções agressivas. A rede foi a única empresa do varejo americano a registrar crescimento de vendas.

Períodos de crise costumam trazer algumas circunstâncias que beneficiam as empresas que escolhem investir mais em publicidade. Uma delas pode ser a própria timidez dos principais concorrentes. Os consumidores, por sua vez, tendem a manter a fidelidade a marcas que continuam em evidência, mesmo que isso signifique pagar um pouco mais por um produto, desde que ele reconheça e valorize os benefícios que receberá em troca.

Em resumo, os períodos turbulentos são uma ótima chance para fortalecer uma marca e aumentar a empatia com o consumidor. Muitas empresas cortam de imediato os investimentos em propaganda e marketing sem sequer se darem conta de que poderiam reduzir seus custos em áreas operacionais que não serão tão decisivas em momentos de crise.
É exatamente essa a receita que tem sido seguida pelos executivos: reposicionamento da marca, renovação de logotipo, reforma nos pontos-de-venda e uma grande campanha publicitária em 2009. Acredito que deve-se investir para conquistar consumidores, especialmente num momento de retração econômica. Ficar longe do consumidor neste momento não é a estratégia mais inteligente a ser seguida e os estudos sobre o tema dão razão aos argumentos de seus executivos.
Sobre o autor
Gustavo Sígolo (gustavo@studiodpi.com.br) é diretor comercial do Studio DPI.

Em tempos de crise, a assessoria de imprensa é solução para manter a marca em destaque

A crise econômica mundial parece estar chegando somente agora no mercado brasileiro. Iniciada no segundo semestre de 2007, veio juntando força aos poucos e deve ganhar ainda mais intensidade quando as empresas começarem a divulgar seus balanços do quarto trimestre do ano passado.

O importante agora é saber como enxergar a situação. Para você, o copo está “meio vazio”, ou “meio cheio”? Sim, porque se fizer como a maioria das pessoas, que é correr quando surge algum sinal de perigo, então você provavelmente vê o momento atual como “meio vazio”.

O fato é que existem milhares de pessoas, consultores, economistas e publicitários – categoria em que me incluo – que acreditam que a crise é um momento de investir e ocupar posições estratégicas no mercado. Dizer que crise é sinônimo de oportunidade virou quase um mantra para muitos empresários. Como há uma retração de outras empresas, sempre haverá espaços que podem ser ocupados.

A Nestlé, por exemplo, anunciou que a multinacional tem planos ambiciosos para o Brasil e que os investimentos para 2009 também estão mantidos. Na opinião de vários especialistas em comunicação, não é hora das empresas cortarem investimentos em marketing, porque isso pode significar fraqueza. É hora de investir e lutar para conquistar os clientes dos outros.

E para aproveitar as oportunidades, não há outra receita senão investir em comunicação. Pode ser uma campanha de marketing para potencializar o consumo de determinado produto, por exemplo. A questão aqui é definir o tempo que essa iniciativa ficará em evidência e o quanto será aplicado.

Mas como fazer isso se não há dinheiro em caixa? Uma possibilidade é investir em assessoria de imprensa. Para quem não sabe o que é isso, é uma das atividades que mais emprega jornalistas atualmente. O trabalho desse profissional é buscar assuntos que sejam de interesse da mídia dentro das companhias.

Essa iniciativa cria a chamada “geração de mídia espontânea”, que divulga fatos e assuntos de interesse geral, utilizando determinada empresa como fonte de informação. Geralmente, as empresas se utilizam desse recurso para reforçar um conceito sobre determinada marca, atingindo de maneira indireta – via os veículos de comunicação – seu público-avo.

Uma matéria que ocupe um quarto de página em um grande veículo de comunicação, por exemplo, tem um impacto tremendo na imagem corporativa. Isso sem falar no custo x benefício, já que além do espaço em si, é o jornalista que está falando da sua marca. A diferença é enorme, principalmente pela credibilidade da organização que ele representa. Uma coisa é você falar bem de você mesmo em um anúncio. Outra coisa é ler uma matéria na mídia sobre a sua empresa.

A assessoria de imprensa também pode ajudar as empresas a interpretar os fatos com rapidez suficiente para agir antes dos concorrentes. Por estar muito atenta ao que a mídia noticia, o jornalista pode orientar a empresa a tomar determinadas atitudes.

Esse tipo de iniciativa também contribui para diminuir a repercussão negativa gerada a partir de “crises”, como a demissão de pessoas, reclamações de leitores e aumento de preços, por exemplo. Esses são alguns temas que afetam negativamente a imagem corporativa, levando a opinião pública a ter uma idéia contrária ao que prega a empresa.

Mas para que um trabalho de assessoria de imprensa realmente dê resultado é preciso participação do cliente, envolvimento da agência com sua contratante e planejamento. Muitas vezes não há sinergia entre quem divulga os fatos à imprensa e quem os gera, nesse caso, a empresa. Isso prejudica o desenvolvimento das ações, limitando a geração de notícias.

É importante lembrar ainda que um trabalho de comunicação eficiente não envolve apenas a assessoria de imprensa, mas é um passo importante para quem deseja ter algum destaque na mídia, sem fazer grandes investimentos.
Sobre o autor
Gustavo Sígolo (gustavo@studiodpi.com.br) é diretor comercial do Studio DPI.

terça-feira, 3 de março de 2009

Cinco dicas para sua empresa buscar a inovação

Criar 100% é praticamente fora do alcance. Mas inovar internamente também cria uma nova percepção por parte do consumidor e fomenta o acesso aos seus produtos e serviços por quem precisa deles.

O termo criar, segundo o dicionário Michaelis, significa
Dar existência a, tirar do nada.

Ou seja, inventar algo, gerar uma idéia, conceito, solução, tendência de onde não existe nada. Ser 100% original.

Do outro lado do ringue, temos a palavra do momento, a tal da inovação. Já repararam a quantidade de empresas hoje que possuem um departamento (ou consultor) especialmente para inovar? Apelando ao bom Michaelis, temos:

Inovar: I. Tornar novo; II. Mudar ou alterar as coisas, introduzindo-lhe novidades.

Basicamente, na percepção deste que vos escreve:

Criar é: um novo caminho.
Inovar é: um novo jeito de caminhar.

As grandes empresas, por mais que continuem investindo, entenderam que ser 100% original sempre não é fácil (diria que é muito difícil, praticamente impossível) e sabem que o importante é conseguirem se reinventar quando necessário, agregando valor ao que, pela entropia normal do mercado, tende a se desvalorizar.

Todos são bombardeados com as mesmas informações e o diferencial acaba consistindo no trabalho mental realizado na absorção e aplicação das informações obtidas.

A criação, em seu sentido literal e mais profundo, definitivamente não te pertence mais! Pelo menos, infelizmente, para a grande maioria dos casos.

As empresas que têm um poder de inovação maior conseguem se destacar no mercado. Um exemplo básico? Apple e o seu iPhone. Inovaram na forma de se caminhar na estrada da telefonia móvel. (OK, o iPhone mesmo que não tenha recursos de outros smartphones, tem o remelexo de um Michael Jackson em seus tempos áureos, diferente da cintura de pedra dos outros aparelhos, o que o torna um parceiro bem atrativo).

A Apple contribuiu, neste caso, para a formação de um novo público, o qual é atraído cada vez mais pelo fator “usabilidade”, que torna target de seus produtos uma massa que até então estava bastante distante ou avessa à tecnologia.

Quanto mais fácil, mais vovozinhas e netinhas entram no bolo. Os números (e o frenesi) do mercado mundial falam por si só, não acha?

Se a sua empresa continua trabalhando com as mesmas premissas de cinco anos atrás, muito cuidado. O mercado muda em uma velocidade absurda e seus concorrentes com certeza já se apropriaram do conceito de inovação e, se ainda não lançaram mão, já planejam colocá-lo em prática.

Caso você ainda não tenha detectado nenhum movimento, aproveite e seja o primeiro. Veja o mercado como uma grande corrida de obstáculos, na qual ter a maior perna e o maior impulso não bastam, você também precisa de velocidade!

É importante destacar que, para o mercado, não necessariamente inovar é lançar algo novo.
Possivelmente, inovar internamente também irá gerar resultados exponenciais. Afinal, quando melhora algum processo, reduz custos e agrega qualidade ao produto/serviço, você também cria uma nova percepção por parte do consumidor e fomenta ainda mais o acesso aos seus produtos/serviços por quem precisa deles. A inovação é um dos elementos do combustível que tornará seus produtos/serviços mais competitivos. Seja a inovação um processo realizado para dentro ou para fora da empresa, ou melhor, nos dois sentidos.

Como falar é muito fácil, vou deixar cinco dicas de como inovar, ou pelo menos, despertar esse sentimento em sua organização.

1. Convoque sua equipe e questione-os: como podemos fazer o que fazemos de maneira diferente, para melhor? Por mais que as pessoas (boa parte das organizações) sejam pagas para usar as mãos, muitas delas esperam as oportunidades de lhe oferecer suas mentes. Aproveite a chance!

2. Analise o que os concorrentes estão fazendo. Às vezes, quando você dá alguma idéia, outra pessoa acaba usando-a como trampolim para algo muito maior. Faça o mesmo;

3. Faça o fluxo reverso. Quando você tem o processo produtivo da sua empresa na cabeça, você acaba viciado pela cadeia de valor/processos. Inverta os papéis. Parta da necessidade do cliente, analisando como ele gostaria de interagir com seu produto/serviço;

4. Pergunte às pessoas de fora da empresa. Invista em pesquisas e fale com pessoas que não conhecem seu produto, como resolveriam uma determinada situação, na qual seu cliente em potencial se aplica. Pensar fora do quadrado é um dos pilares da inovação e talvez o quadrado seja justamente o limite imposto pelo seu conhecimento das rotinas e processos;

5. Por fim, crie uma rede de relacionamento com seus parceiros, os que geram produtos/serviços correlatos ao que você comercializa. Às vezes algum parceiro de processo percebe nuances do mercado que você mesmo não percebeu, pelo simples fato de que este é responsável por apenas uma parte do processo.
Sobre o autor
Mark Ducasble (markducasble@4ps.com.br) é coordenador de planejamento e inovação da
4Ps Agência Digital.

Search as research: útil ao marketing de sua empresa

O que os usuários digitam nos buscadores é espontâneo e pode indicar tendências e oportunidades. Não existe ainda uma metodologia comprovada ou ferramenta própria, mas já dá para intuir alguma coisa.
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Até mesmo os grandes players vêm estudando esta nova possibilidade. O Google divulgou ano passado um estudo sobre como as pesquisas em sua plataforma podem indicar o interesse de consumidores. Nele comprovou-se a relação entre o volume de pesquisas para um novo filme e o seu posterior sucesso: quanto mais pesquisas teve o filme, maior o sucesso.
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Obviamente, essa técnica pode ser utilizada em outros cenários. O fato é que ainda não existe uma metodologia comprovada e muito menos uma ferramenta própria para extração e correlação deste tipo de informação. O que o mercado tem feito são análises básicas e primárias.
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Por exemplo, ao analisar as palavras-chave pesquisadas é possível saber a demanda de mercado, e através de frases pesquisadas é possível checar a percepção dos consumidores com a sua marca.

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Dentre as ferramentas que vêm sendo utilizadas para retirada de informações sobre as pesquisas na internet destaca-se o Keyword Services Plataform (KSP), da Microsoft.

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Embora o programa tenha como objetivo facilitar a pesquisas de palavras-chave, acabou contribuindo involuntariamente para esta nova disciplina do SEM (de Search Engine Marketing) a partir do momento que disponibiliza um vasto universo de informações de comportamento de usuários no Live Search.

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O Google também contribuiu involuntariamente com o Google Trends, que pode ser utilizado para descobrir demanda de mercado.

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Fiz um teste com a palavra SEM, palavra que todos conhecemos e sabemos o crescimento do mercado nos últimos anos.

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Embora o exemplo seja o mais simples possível, sem nenhuma metodologia, ele consegue demonstrar claramente toda a possibilidade que se tem pela frente.

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Os mesmos dados podem ser coletados através de diversas metodologias de pesquisas de eficácia já comprovada, porém as características intrínsecas do SEM (baixo custo, fácil execução, agilidade em alterações e o fato de o consumidor não estar participando de uma pesquisa e sim agindo naturalmente) chamam a atenção para estudos.

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Por enquanto cases são escassos em todo o mundo (no Brasil até o momento nenhum estudo foi publicado), consequência natural pelo fato do Search as Research ser uma tendência que ganhou força em 2008.

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E você? Utilizaria os dados comportamentais dos usuários de search engines como material de pesquisa?

Sobre o autor
Rafael Pedigoni é supervisor de projetos especiais na
Aunica - The Tagnology Company, responsável por projetos de search e mobile.